domingo, 5 de outubro de 2008

Correntes


Por algum tempo apenas pânico; havia me esquecido dos tempos em que o ódio também fazia parte dos meus sentimentos. E de repente havia me esquecido do quanto o ser humano é hipócrita, mesquinho, ganancioso e egoísta. Não! Não são apenas adjetivos negativos, são também parte de uma experiência vivida. Percebo que tenho estado pouco tempo sozinha, o que limita minha percepção do que tem acontecido em minha vida ultimamente. Não posso deixar que momentos passem sem serem registrados, todo sentimentos mesmo que agonizantes, são valiosos.
Então aproveitando esse momento para fazer um relatório da minha vida pessoal, me deparo com as seguintes perguntas: O que tenho sentido além do pânico? O que tenho vivido além da vida cotidiana de estágio, faculdade e casa? Onde estão meus sonhos? Eles ainda existem ou adormeceram com a rotina do dia a dia? Aborreci-me ao perceber que não tenho as respostas para tais questões. Não sei o que existe além dessa rotina, não sei bem mais o objetivo do verbo sonhar. Seria tudo uma luta sem fim? Uma busca por algo inexistente e por um desejo insaciável? Um sonho que se transforma em mais uma das minhas ilusões? Sedo as questões para analise.
Refletindo sobre essa avalanche de pensamentos, veio o receio de não estar fazendo o correto, de não estar fazendo o suficiente. De novo me deparo com mais questões: O que seria correto? Não seria apenas mais uma forma de analisar ao invés de fatos relevantes? O que seria estar vivendo o suficiente? Para essa pergunta, diria que viver talvez não seria necessário uma daquelas aventuras que acontecem em filmes ou novelas. Viver seria apenas estar satisfeita, mesmo que fosse estar satisfeita com uma vida fútil e comum. Acho que cheguei à alguma conclusão aqui, porém por hoje é só. Por hoje foi o que o tempo me forneceu, pois amanhã tenho os mesmo deveres idiotas de uma vida padronizada, então preciso dormir pra viver mais uma ilusão ao amanhecer.

Boa noite!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Pena não ser


Que seja por esse nó na garganta
Pois ninguém além de mim carrega a minha dor
E se eu quiser segurar o pranto,
Deveria ser capaz

Estou aprendendo a calar
Deixar o desespero pra depois
Não me levará a lugar algum
Deveria ser capaz

E assim eu posso perder a razão das razões
pois não é mais meu dever remar nessa
correnteza...

Deveria ser capaz
Pena não ser...