domingo, 23 de dezembro de 2007

Batalha individualista


Daqui de cima eu vejo o movimento. Ainda não descobri o sentido. O futuro é cada vez mais comentado, e o presente cada vez mais esquecido.


São as regras que a sociedade impõe, dizendo que o trabalho é o certo e que a batalha traz a vitória. Será? Mas porque tanta luta se no final ainda carregamos os mesmos medos e os mesmos traumas?


E quando chega a noite depois de um dia de guerra, arrancamos nossas máscaras e ainda somos os mesmos. Mas no outro dia esquecemos nossos verdadeiros desejos, e denovo nos juntamos a eles. Assim os dias vão se passando e os dias vão perdendo a cor. Esquecemos assim o que realmente quer o coração.


E a luta é o individualismo, é passar por cima e ser melhor. Esquecendo assim que o melhor é o melhor pra todos e fazendo assim a vida cada vez mais ameaçadora. E pra isso que devo lutar?


Então deixe-me desistir dessa batalha!






terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Manhã/Noite


Ao amanhecer, você suga minha força
Mal posso abrir os olhos, você já logo me possui
Enlouqueço, me acalmo, denovo enlouqueço
E vem de novo aquele cheiro que me faz girar

Arranca de mim a alma, extrai de mim o doce
Faz o mel, faz a vida, nasce a flor
O toque nem menciono
Até que o silêncio chega

Entre os panos existimos
Entre eles nos perdemos
Até que chegue a noite e venho te sugar
E juntos denovo nos envolvemos

Nos perdemos até nos encontrar...

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

No meio do nada


Não quero ouvir

Dessa vez faço pouco caso

Apenas não conte mais com o que sempre ofereci


Quero que se exploda

Dei meu tempo

Hoje dou tempo pra mim


Em um lugar que ninguém e nada me atingirá

No meio do nada

No meio de tudo pra mim


Apenas onde não permanecerão negando...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Imundos


Mais um Nascer do Sol, o movimento começa, cada um buscando cumprir com seus deveres, passando por cima um do outro...
Ainda me pergunto o porque deles, não concordo com nada assim. São mais deveres que prazeres. Já não quero me inserir, as vezes queria ser invisível pois assim não seria necessário me juntar a eles. Eles parecem monstros, eles parecem cegos, também são surdos porém com certeza não são mudos, carregam dons de palavras cruéis. Como se o mundo coubesse em suas mãos...

Escuto sempre falarem que quem desisti é fraco, e quem concorda é o que? Seriam covardes? Pra mim a diferença é bruta e totalmente oposta. Não quero ser vista como apenas alguém que concorda, se for necessário, desistirei! Quem desisti, as vezes é o mais corajoso, pois possui a possibilidade de ser visto como um fracasso, e nem todos conseguem arcar com esse julgamento e nem todos conseguem anular esse julgamento e colocar um foda-se na cara de quem gosta de julgar. Nem toda meta vale a pena e desistir as vezes é o melhor.

Quero que me enfrentem, quero que venham me dizer que o que digo não faz sentido, pois o sentido apenas cabe a mim e mais ninguém. Egoísmo?,não creio, apenas vivendo da minha forma sem me juntar a eles, pois sou o que sou, não carrego o mundo em minhas mãos!

Doce ao Amargo


Mate-a eles disseram!!!
É esse o preço a pagar por expressar o meu amor?
Você não sabe o que diz o outro disse

Foi assim que o doce ficou amargo
Ao evitar, perdeu-se o sabor
Condena-se aquele que ama, despreza-se aquele que expressa o que senti

É assim? Ela perguntou...
Essa é a lei, a lei feita pelos amargos
O descaso é o que reina aqui o outro apresentou!

Prazer em conhece-te descaso!
Pois hoje junto-me a ti
Por tanto lutar e ser condenada...

Hoje junto-me a eles...
Aos que guardam seus sentimentos, aos que sabem omitir
Um acontecimento para minha história...

Pois ao oferecer o que é doce, ganhei o amargo
Então ofereço-te o amargo, pois é com hipocrisia
que hoje se ganha o doce!



quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Meu sangue a seu dispor


Poderia ser você que tivesse esse sentimento aqui

Talvez bastaria o meu sangue a seu dispor

Mas não apenas para salientar, apenas por ter


É o sentimento de quem espera


Mesmo que o descaso possa ser a única esperança

Mas que isso se torne então compreensão

Me bastaria você, se me fosse satisfatório


Daria o pulso ao corte, deixe-me te contar o quanto ainda não sou forte

Apenas o fracasso agora, aquele que terá a vitória depois...

Um disparo


Um disparo
Como um tiro
Então eu entendi que nada e tudo faz sentido

Só queria romper essas regras
E nem quero mais que entendam, o excitante é ser questionada
Diante de ti eu sou apenas mais uma tentando me revelar

E por mais que eu revele
Menos ainda sou vista
E assim me encontro satisfeita

Meu corpo treme, por aqui vou ficar
Uma fase sombria e outra clara
Até clara demais

E o fogo do disparo acendeu essa luz vermelha
Que tento apagar
Sempre buscando em meu interior...


Dias tão iguais...

Esses dias tão iguais
Dentro desse quadrado sentimental
A tonteira não passa, os rastros do passado não se apagam...
Vou levando leve, tentando anular
Meus pesadelos, meus traumas...
E se eu tento, já não sei se é por mim, mas sim por algo que virá
E nem sei se vem...
É tudo constante, é tudo vago
Perdoe-me por não conhecer adjectivos ao seu alcance!


Ah! Sinto falta das lágrimas que já não rolam mais
E aquele gosto salgado, já nem conheço
São apenas pensamentos, se é que posso chamar de sentimentos
Nem dói mais por dentro, me emociono e me calo



E logo depois... me encontro perdida por aqui...