Obscuro

Abri a porta me deparei com um cheiro de mofo
Não mudou, ainda não sei qual o caminho certo
Se arrumo as malas e parto, como eu queria um novo ambiente
e uma nova vida... é tudo tão repetitivo e doloroso por aqui
e se sou ingrata, que o divino perdoe-me por não ser grata.

Vou levando assim, em busca de algo além do que apenas convêm
e não encontro, é tudo o mesmo. Talvez eu goste é do gasto, ou talvez
as situações estão me desgastando e estou caindo novamente.

Desistir não, apenas deixar ir...
é vázio, é nublado, são assim meus sentimentos, encaixotados dentro desse obscuro coração...

Tapa na cara

Em horas vázias e simplesmente loucas
São tantos pensamentos, reflexões, vejo e não vejo o motivo
de estar tão perdida assim. As vezes me sinto tão bem, como
uma chuva repentina, até cair na realidade de quem foi você,
de quem ainda é e principalmente do que foi comigo.

Arrancou pedaços, grande cruel indiferença e oferece doce
e eu como criança aceito, me enveno, sou usada e jogada na poça da realidade novamente
Querer que você se dê bem, talvez eu não quero isso, talvez você mereça se fuder
e essa história de não desejar mal aos outros é uma frase criada por um tolo anônimo qualquer
Pois nem desejar bem ou o mal faz diferença, você já enfiou a faca e aqui ela está cravada

Não... não é trama! Não sou da sua laia querido
Não sou de promessas, sou feita de ignorância ao dar tapa na cara alheia ao usar minha sinceridade e assim sou julgada, então deixe-me julgar você, um grande hipócrita, iludido
e vázio. Se algum dia descobrir quem tú es, diga-me e direi quem sou..! Não pense que haverão
adjetivos em comum, pois serei o oposto, o posto do nojo, o oposto da ingratidão...

Porque não cansa? Deixe-me responder: Não se cansa quem não se esforça! Então viva
sua vida pixada, e deixe a minha que irei escreve-la em novas regras gramáticais.

Um tapa...